quarta-feira, 11 de agosto de 2010

[Po]emas


A  existência é um dos  mistérios mais magnânimo da humanidade. Uns acreditam que a alma antecede a matéria  (ser), minh'alma   surgi primeiro que eu, é um pouco turbulento para meu pensar. Há quem que diga que a alma surge juntamente com a matéria (ser), compreensivelmente meu córtex cerebral aprecia melhor essa tese, partindo da premissa de que a mulher, esta sim, é um mistério encantador.
Pois bem, sem duvidas a existência é um grande intrigante mistério. Com existência decifrada ou não, hoje li dois poemas de  umas existência que impulsiona-me e estimula-me a perceber além de minha humana janela:

ROSEWELT  &  DRUMMOND

Você não sabe o que é amor,
Você não sabe o que é amar,



Meu coração está aberto,
Aberto para sentir o meu amor,


Se você perguntar, o que é amor,
Eu vou lhe responder:  Amor é liberdade para amar, amor, liberdade para fazer amor,


Se tiveres apaixonado  não chore de dor,
Seu coração  apaixonado só faz você sentir saudade do seu amor,
É só você agir para ter o seu amor,


Você  não sabe o que  é amor, você  não sabe o que é amar,
Por isso que digo que quero amor.

ROSEWELT  O.  SILVA



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Que pode uma criatura senão, 
entre criaturas, amar? 
amar e esquecer, 
amar e malamar, 
amar,desamar, amar? 
Sempre, e até de olhos vidrados, amar? 

Que pode, pergunto, o ser amoroso, 
sozinho, em rotação universal, senão 
rodar também, e amar? 
amar o que o mar traz à praia, 
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha, 
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia? 

Amar solenemente as palmas do deserto, 
o que é entrega ou adoração expectante, 
e amar o inóspito, o áspero, 
um vaso sem flor, um chão de ferro, 
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina. 

Este o nosso destino: amor sem conta, 
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas, 
doação ilimitada a uma completa ingratidão, 
e na concha vazia do amor a procura medrosa, 
paciente, de mais e mais amor. 

Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa 
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita. 



CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Um comentário:

  1. Me apaixonei por você duas vezes. Na primeira vez em que te vi, e asegunda vez quando descobri o que você é por dentro.

    xerim'

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